A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, maio 27, 2007











Victor Nogueira disse...

1. - Olá, Maria


Fui muitas vezes a Caldas da Rainha, ponto de partida para explorar os arredores, incluindo as vilas e Coutos do Mosteiro de Alcobaça, cuja fachada é para mim um misto entre o Gótico e o maneirismo. Mas o que me deslumbrou foi, após a subida da escadaria, deparar-me com a luminosidade da igreja, ascética e branca, sem a filigrana delicada da Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, ou a solidez pesada da Sé de Évora, cuja fachada me seduz.

E de Alcobaça gostei também do refeitório do Mosteiro e, nas Caldas, para além do Parque e dos Museus, a Praça da Fruta, anacronismo nos dias de hoje, cheio de vida, bulício e de cor.

E pronto, poetisa, vou de abalada, sem falar em Óbidos, outra vila que me seduz.

Saudações
Victor Nogueira

Maria disse...

victor nogueira

A vida em Caldas hoje é diferente. As Universidades deram outra “cara” à cidade. E cidades onde haja estudantes ganham uma vida nocturna diferente, questão que também não abordei na post, mas devo dizer-te que conheço gente que se desloca aos fins de semana de Lisboa para irem a uma discoteca da zona…

E Óbidos, que era onde eu viveria se tivesse que viver naquela zona…

Abraço
 
Maria disse...

victor nogueira

Considera-te desafiado para fazeres um post, no teu blog, sobre a cidade que te viu nascer….
Fico à espera…

Victor Nogueira disse...

2. - Maria

A minha terra é Luanda, que já se perdeu no tempo e cujo presente nada tem a ver com a minha memória. Morava à beira-mar, na Praia do Bispo, e defronte havia uma ilha com uma sanzala de pescadores. Entretanto a baía foi ficando assoreada, quase ligando à ilha, e naquele terreno conquistado ao oceano edificou-se um bairro de lata. Pelo que se lá estivesse, defronte à casa dos meus pais já não haveria o mar nem a beleza do por do sol reflectido nas águas.

Mas um dia escreverei sobre a capital do meu país, que não é este onde acabei por ficar e onde sou para sempre um estrangeiro sem raízes, em parte alguma. Sou sempre um homem da cidade, da beira mar, do pôr do sol (na minha casa agora vejo o seu nascimento, e do cheiro a terra molhada, que sentia quando regava o jardim que deixei de ter. Em contrapartida, coloquei no meu blog 4 textos sobre as terras de que te falei acima, incluindo a tua. Se quiseres, visita as terras que refiro, através do meu olhar. Tenho um livro de viagens inacabado e milhares de fotos que deixaram de estar organizadas e muito menos digitaizadas. Assim, as fotos não são minhas nem reflectem o meu olhar sobre as terras e as pessoas. E se quiseres, comenta

Um abraço
Victor Manuel

Fotografias de Victor Nogueira

De cima para baixo

* S. Martinho do Porto - Igreja em cujo altar-mor figuram S. Martinho e o seu cavalo branco
* Vau - casa à beira da estrada
* Sítio da Nazaré
* S. Martinho do Porto - pôr-do-sol
* Monsaraz (Alentejo) 
*
Pederneira
* Caldas da Rainha - azulejos
* Caldas da Rainha - Praça da Fruta
* Alcobaça - Mosteiro (Panteão Real)
*
Alcobaça (Largo D. Afonso Henriques)

3 comentários:

Maria disse...

A maior dificuldade que eu tive quando aceitei o desafio foi dizer o essencial em poucas linhas.
Porque quando se abre um blog e se vê texto e mais texto, ou se fica só nesse blog, ou lê-se cruzado e passa-se à frente. O que eu acho incorrecto.
Por isso a minha preocupação foi dar uma "lambidela" nas questões essenciais, indicar links e tentar que o post ficasse curto e de fácil leitura.
Ficou muito por dizer. Mas o total de páginas em word, inicialmente, eram 27. Não podia nunca fazer um post desse tamanho.
Fui cortando, cortando, até que ficou como estál.
Nas respostas aos vários comentários fui acrescentando algumas coisas, como fiz na resposta que te dei.
Só assim era possível ter um post que as pessoas lessem, de facto.
Volto aqui amanhã, hoje já não vejo mais nada..

Kalinka disse...

Olá Vitor
acabei de o descobrir no blog da Maria, onde li sobre Caldas da Rainha; vi o seu comentário e ao ler que a sua terra é Luanda, eu, outra africana de gema, nascida em Moçambique, senti-me tentada a vir visitá-lo e cá estou.
Nas fotos que colocou vi Monsaraz e como estou a fazer uma reportagem escrita e fotográfica da minha visita ao Alentejo, pensei: é mesmo boa altura para desafiar o Vitor.
Falemos das nossas cidades-berço!

Celebrei os dons da terra e misturei-me com os sons do mundo sem coisa alguma...fui durante 4 dias de mini-férias para o Alentejo profundo.
Comecei por Estremoz e fui em seguida para Évora e daí em diante.

Pelo kalinka poderá ler sobre o meu «Même»:
"Para ser grande, sê inteiro:
nada Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim, em cada lago a LUA toda
Brilha, porque alta vive.
"Ricardo Reis"

Beijinhos.
Bom domingo.

A OUTRA disse...

Agora compreendi muita coisa que me surpreendia.
Estou esclarecida.
Beijos para vocês todos
Maria